Comecemos, sem mais demoras.
Um dos patrimónios culturais mais benites da nossa região é o linguajar setuvaleiro. Um dos dialectos menos conhecidos, talvez pela sua relativa novidade, é o praticado pelo setuvaleiro paraticante de arte mural (em setuvalês, grafite ou tégue).
Fugindo ao típico padrão do setuvaleiro (homem de estatutura mediana, dolicocéfalo, fato de treino do "Conta-me como Foi", barriga com alongamento gasoso, mine na mão e tremoços na outra), o "setuvaleiro di ghetto", mais virado para o vaibe e para a rima, pratica a sua arte nas paredes de prédios abandonados.
Deixo-vos alguns exemplo comentados para reflexão:
Ora aqui tá! A tégue do "Mines" (ou não fosse a mine a bebida de elição do setuvaleiro) com um bróda ao lado a dizer em dialecto local: Yo Dreads! A obra está disponível para consulta noo armazém abandonado na Avenida Jaime Rebelo, em frente ao Club Naval Setubalense. Entrada gratuita.
Veja mais de perto:Mas a face menos conhecidas destes senhores da arte mural é o inglês setuvaleiro ( ou será antes de setuvaleiro inglês?) essa variante linguística em risco de expansão. Observem com atenção:
Na inscrição pode-se ler: "L.HOVE IÓR LAIFE! BICÓSE ÁI GÁT MAI UÁIFE!!". Tradução: Ama a tua vida, porque eu tenhe a minha dama". Uma profundidade que espantará certamente os arqueólogos que daqui a 2 mil anos desenterrarão este achado. A obra está disponível na antiga Fábrica de Peixe do Zé dos Calos.
As fotos foram saqueadas do blogue Graffiti Setúbal.
3 comentários:
Grande estreia Chuva!
Yoooo, ppl in da house! Setuvaleire rulla bue!
E onde fica essa fábrica de peixe zé dos calos? Também tem "entrada gratuita", não tem é morada... ;)
E já agora, a "tag" é mine, sem plural... o rapaz deve "buer" pouco!?
Ass: O autor das fotos.
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