segunda-feira, 28 de julho de 2008

E como nem tudo é mau...PDM Setúbal

Hoje vou-vos falar sobre uma coisa que me agradou na Feira de Santiago deste ano em Setúbal, a alteração do PDM da nossa cidade e os vários planos de pormenor em elaboração e, por elaborar.
As cidades têm de ser pensadas desde o inicio e esse talvez seja, a meu ver, um erro grave cometido pelos anteriores autarcas sadinos. Setúbal expandiu-se ao sabor do vento e das necessidades de albergar pessoas que passam a vida (como eu e muitos de vós) em movimentos pendulares entre Lisboa (trabalho) e Setúbal (dormida). A nossa cidade foi ganhando o cariz de dormitório da capital para tristeza dos verdadeiros setubalenses.
Quem puder passar na Feira de Santiago deste ano poder-se-à deparar não só com uma feira mais bem pensada que nos anos anteriores assim como num enorme pavilhão dedicado a "PENSAR SETÚBAL".
No entanto, alerto para esta palavra "PENSAR" que demonstra bem que aquilo não é o que vai ser de Setúbal no futuro mas sim, seria o ideal para o futuro de Setúbal, com requalificação de grande parte da baixa e áreas mais degradadas da nossa cidade, assim como toda a área virada ao Sado, numa tentativa clara de beneficiar a imagem de Setúbal para quem virá fazer férias a Tróia.
Pense-se pois, concretize-se também pois a nossa cidade precisa de investimentos. E não falo claro está de betão armado para albergar 500 ou 600 fogos para habitação. Antes de mais, a nossa cidade precisa de "lavar a cara" e oferecer a todos os seus habitantes melhores condições de vida, melhores transportes, mais e melhores serviços, mais e melhores atracções e distracções, melhor qualidade de vida.
Setúbal precisa distanciar-se de Lisboa e apostar mais no seu espaço. Para isso poderá ser importante a Escola Superior de Turismo a ser implementada na mais recente aquisição do municipio, o Quartel do 11. Acho bem que assim seja, Setúbal está de frente para Tróia e vice-versa. O grande projecto turistico da SONAE não pode funcionar em Tróia isolando Setúbal nem Setúbal pode deixar Tróia nas mãos de Lisboa! Setúbal tem de se afirmar como CIDADE e não como dormitório...
Haja então pensamento para daqui a 10/15 anos orgulharmo-nos da nossa linda cidade...Setúbal!
Até amanhã!

sábado, 19 de julho de 2008

Manhã de cinema setuvaleiro

No seguimento da frase deixada pelo nosso colega Txuba no último post "As crianças são o futuro", aqui deixo o futuro setuvaleiro até porque de pequenino é que se torce o pepino.

http://www.youtube.com/watch?v=QssIcpkqC0Q

O patrocínio é da Sagres, como não poderia deixar de ser e o pai está orgulhoso, afinal não é todos os dias que o filho faz algo tão bonito!

Até amanhã!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Aguentem os cavalos!

Isto era para ser um comentário ao post anterior, mas já ia muito grande e o tema é de tal forma actual que pensei que merecia um post por si só.

Não partilho inteiramente da opinião do mirones. Já discutimos temas de actualidade bem mais melindrosos do que este e, por isso, não temo que este pequeno diferendo de opinião ponha em causa a nossa amizade. Melhor, partilho da indignação com o assalto mas não concordo inteiramente com as origens da criminalidade setuvaleira. Mas, para que fico claro, a tentativa de racionalizar a coisa, que aqui vou fazer, não invalida o sentimento de indignação que todos sentimos, ou deveriamos sentir quandos lemos estas notícias.

O panorama geral é preocupante. O distrito de Setúbal, que inclui zonas muito problemáticas em Setúbal, Almada e Barreiro tem um rácio de 48 crimes por 1000 habitantes, tornando-o no segundo distrito do paíis com maior número de crimes por 1000 habitantes (o primeiro, já agora, é Faro, com 69 ocorrência por mil habitantes) . Com a agravante do carjacking ter aumentado a nível nacional em cerca de 33% de 2006 para 2007 e Setúbal (distrito) estar posicionado em 3º lugar a nível nacional neste tipo de crime.

Mas o crime não está a aumentar sem precedentes, ao contrário do que uma leitura regular das notícias possa dar a entender. Sim, está a aumentar, mas a um ritmo muito menos alucinante do que muitos pensam. Vejamos a evolução dos crimes reportados no distrito nos últimos anos (1998 a 2007):
  • 1998= 19273
  • 1999= 21280
  • 2000=21751
  • 2001= 21282
  • 2002= 23840

  • 2003=28025
  • 2004=29919
  • 2005=26219
  • 2006=26771
  • 2007=27336
Nota-se dois períodos distintos de "estabilidade", 1998 a 2002 e 2003 a 2007.
O que acontece é que o tempo presente subrepõe-se sempre ao aos tempos idos na parte do cérebro que processa o sentimento de insegurança. No meu bairro, por exemplo, há tantos tiroteios (muito poucos) como no tão falado bairro social de Loures. Mas alguém acreditará nisso hoje? Eu, se tal ajudar à prova, entro hoje no bairro da Quinta da Fonte com toda a tranquilidade e sem medo nenhum, porque aquilo não é uma favela do Rio de Janeiro, rodeada de gente com armas ao peito diariamente, mas a exposição mediática é tal que muitos não entrariam lá hoje nem que eu lhes pagasse.

A diferença é que no meu bairro, as imagens de tiroteios não vão parar à TV e não são Youtubadas, são estatística calminha. Reafirmo: o problema existe mas não na dimensão que se pensa.

Não creio que o problema da criminalidade se possa imputar apenas a esta ou aquela etnia. O problema é que retirar grandes fatias da população da probreza e dos rendimentos mínimos, quando a pressão é para ser um excêntrico do euromilhões pura e simplesmente não combina. As colónias não foram criadas pelos que vieram de fora do país. Foram criadas pelos que já cá estão e chamam-se caixotes, perdão, bairros sociais, que de vez e quando, explodem e depois toda a gente se lembra deles.

Reponsabilizar as colónias de imigrantes pelos crimes de Setúbal é algo que não colhe em mim. A estatística orienta-me em sentido contrário. A Súecia tem um rácio de 141,6 crimes por habitante, a Finlândia 104,1... Portugal, o melting pot Brasil, Ucrânia, Roménia, PALOPS para todos os gostos tem que ter um rácio maior, certo? Errado, 36,6 crimes por mil habitantes! Nós bem queremos ser mauzões, mas isso é só para os "civilizados" da Europa... Mais uma vez, crime sim, não o exagero que se pensa.

Bom, mas então e medidas? Sim, porque podemos e devemos querer alcanaçar um nível de crime em que possamos dizer "olha que giro, este senhor está a assaltar-me, isto já nem se usa!".
Imigração, colónias desta ou daquela etnia não parece que seja o problema. Sou inclusivo, pertenço a um povo de "brandos costumes".

Acredito em polícia mais motivada, mais equipada, mais preparada (é uma utopia a curto prazo, mas é uma luta que tem de ser travada). Quando aqui há tempos alguém pediu que os agentes da esquadra da Bela Vista tivessem shotguns, fiquei de pé atrás. Afinal de contas ainda não passou assim tanto tempo desde aquele episódio em que um agente da PSP mal formado, matou um jovem com uma shotgun, porque não sabia o básico: uma munição de borracha perfura o corpo se se enscostar a shotgun à barriga de alguém...
Portanto, armas sim, tasers, shotguns, seja o que for, mas para os agentes com a cabeça no sítio que as saibam usar e no momento certo. E mais defesa nos tribunais para quem dispara senão cumpre-se frase que ouvi aqui há dias de um delegado sindical da PSP: "Um polícia só pode disparar depois de morto..."A PJ precisa de mais efectivos, de mais cursos de formação, de mais motivação.

Só isto já seria uma achega suficiente para os larápios temessem mais antes de particar um crime. Às vezes dá vontade de ir viver para Timor, porque lá, ao menos, a GNR é respeitada.

Quanto aos bairros sociais, não adianta chorar. Sabemos que são erros dos anos 70 e 80, sabíamosmos que ia dar problemas,mas isso são lamurias passadas, agora há que revitalizar, reconstruir, insistir, trabalhar, espremer e melhora o "Escolhas" e outros que tais, não cair no "ai não construimos que eles vandalizam logo".

Quanto às leis, sistema prisional e prisão preventiva dava outro post... no geral,neste ponto concordo com o mirones. Posto de outra forma: um setuvaleiro que comete um crime não merece a mini que o alimenta!

Por isso, o assalto ao Lidl revolta-me, como todos os crimes me revoltam. Mas, para já, acho que não vale a pena ir a correr fechar fronteiras e chamar o exército.

Um exemplo positivo para reflexão com o lema de sempre: as crianças são o futuro!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A triste moda em Setúbal e em Portugal

Todos os dias abrimos jornais e vemos os telejornais e damos conta de notícias como esta:
http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=196&id=7487&idSeccao=1667&Action=noticia
Infelizmente, a justiça em Portugal é branda demais para este tipo de "pessoas" que quer fazer vida à conta do esforço dos outros. São parasitas da sociedade, verdadeiros vermes que não merecem o pão que comem ou as brocas que fumam. É triste perceber que a polícia não pode agir sob pena de caso aconteça alguma morte vir a ser culpada por assassinato. Por outro lado, se os assaltantes matarem alguém, saiem em liberdade alguns meses depois para irem matar mais pessoas!
Numa altura em que se fala de inflacção, de subida do preços do petróleo e, consequentemente, de combustíveis e bens alimentares, há uma inflacção do crime cada vez mais violento e não é só em Setúbal, é em todo o país.
Há uns anos atrás pensava que este tipo de notícia era típico de países como o Brasil ou países africanos mas depois lembrei-me que Portugal está a tornar-se uma colónica brasileira e africana, assim como de países de leste. Logo, estamos a importar além de produtos a preços elevados que podiam ser fabricados cá, o crime e a violência gratuita.
Revolta-me isto, revolta-me perceber que o governo nada faz contra isto, revolta-me perceber que o mal está a vencer sobre o bem e os nossos governantes dormem descansados sobre este assunto, como se tudo estivesse bem! É contra isto que apelo ao governo para dar ordens, alterar legislações, para que os assaltantes em forma continuada permaneçam presos e sejam julgados em conformidade e, já agora, está na hora de darem às polícias o poder para agirem em conformidade em situações destas!
Seja feita justiça, o mal ainda não ganhou, mas está perto de fazer cheque-mate!
Até amanhã!