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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Verão, férias, praia, sol, mar... e dinheiro???

Boa tarde amigos setuvaleiros,

É verão, está na hora de pegar na lancheira, nos amigos, na mulher ou marido, na namorada ou namorado e ir passar umas belas horas numa das maravilhosas praias do nosso país.

Setúbal não foge à regra! Neste momento são milhares os frequentadores de praias como Tróia, Albarquel, Saúde, Comenda, Figueirinha, Galápos, Galapinhos, Portinho da Arrábida, Coelhos, etc. Como sempre, a Arrábida entope com carros e mais carros por tudo quanto é lado. Por vezes vemos a estrada de acesso às praias onde dificilmente passa um carro quanto mais dois!

Mas isso também talvez seja reflexo da "crise" que abala por estas alturas o nosso país, levando a que muita gente tenha de ficar perto de casa para desfrutar do que de melhor tem o Verão para oferecer. Por outro lado, será também o reflexo do preço superabusivo que a empresa AtlanticFerries impoe nos bilhetes da travessia Setúbal-Tróia.

Sim, caros setuvaleiros, ir à Tróia é hoje em dia um previlégio ao alcance de poucos, pelo menos com regularidade. Tróia, que foi durante décadas o destino predileto de milhares de pessoas que em plena romaria se dirigiam diariamente a esse lugar encanto à beira mar. Hoje, uma pessoa paga 5,50€ (aos quais deverá somar 0,50€ na primeira travessia para adquirir o cartão) ida e volta...

Uma família que pretenda ir passar um dia agradável a Tróia tem de desembolsar entre 4 a 5 contos na moeda antiga, um luxo ao qual nem toda a gente se pode dar.

Por isso, a Figueirinha é hoje em dia um praia sobrelotada, onde para se colocar o chapéu de sol é quase sempre obrigatório dizer "Peço desculpa!". E é um local onde lamentavelmente se vai encontrando lixo espalhado pela praia... Realmente custa muito levantar o rabo e colocar papéis, garrafas e outros resíduos no local apropriado!??! Infelizmente na nossa cidade há muito quem não ame a cidade e as coisas boas que a mesma tem... uma delas é sem dúvida a Figueirinha!!!


Fonte da imagem: Câmara Municipal de Setúbal

Este artigo do setuvaleiro é mais didático que o normal porque alerta para o que de bom a cidade tem e o quão importante será TODOS cuidarem para que nunca nos falte...

Porque se umas coisas nos são roubadas, outras podemos perdê-las e certamente não queremos ficar com nada!

Um abraço!



terça-feira, 17 de julho de 2012

Fórum Luisa Todi

Caros irmãos setuvaleiros. Lembram-se do que é? Eu também já pouco me lembrava que em tempos houve uma ilustre casa de cultura e música em Setúbal de nome Fórum Luisa Todi. Bons momentos lá passei e certamente muitos de vós também o fizeram.

A verdade é que esta grande casa de Setúbal está fechada para obras desde que acabou a monarquia em Portugal...hehe, peço desculpa pelo exagero.

Atualmente a nossa cidade apenas tem como espaço cultural o agrafo gigante colocado no largo José Afonso que volta não volta serve para ficar costas meias com as festas das mines que naqueles locais são realizadas.

Realmente gastam-se balúrdios numa coisa que nem a SETFESTA consegue ver? Que desperdício!

Mas parece que o destino de Setúbal está a mudar. A nossa cidade agora mais bonita vai poder contar (segundo consta) com o novo Fórum Luísa Todi, por alturas do dia da cidade (15 de Setembro). Não querendo ser desmancha prazeres, quase que aposto que abre para depois fechar e concluirem as obras que irão durar até 15 de Setembro de 2013.

No entanto, a abertura do espaço já é de si uma ótima notícia para Setúbal que assim vai poder desfrutar de um local digno onde poderão ser apreciados espetáculos de qualidade. Não querendo com isto desvalorizar a qualidade dos Irmãos Cabanas, do Alex e de outros monstros da música nacional que fazem as maravilhas de todos quantos em certamentes como S. Julião em Festa, Setfesta, Festanima e Festa da Caldeira animam os setuvaleiros que alojam nas suas barrigas litros e litros do precioso elementos à base de cevada!

Bem, volto em breve para mais uma setuvalada, entretanto viva Setúbal e vai começar a feira...

sábado, 14 de julho de 2012

Festas Setuvaleiras em Setúbal!

Bem caros amigos, espero que esteja de volta e para ficar. E gostava que os meus amigos setuvaleiros voltassem também a passar por cá e fazer este um espaço virado de novo para as coisas importantes da vida...

A verdade que me faz voltar prende-se com o que se está a passar na nossa bela cidade de Setúbal (agora parece que mais bonita!). Ontem à noite, passeava alegremente pela Av. Luísa Todi e deparei-me com barracas de filhozes, farturas, cachorros quentes, bifanas e dezenas de bancadas de mines da Sagres...

A uma semana da Feira de Santiago ainda pensei...é desta que acabou a mama ao parque santiago, mas quando fui para comprar uma filhó, perguntei o que faziam ali. A resposta foi pronta, vai haver Carnaval de Verão em Setúbal e...é AMANHÃ...que, contas feitas corresponde a HOJE!


Fonte da Imagem: C. M. Setúbal

Eu já me recordava dos tempos em que a Feira era na baixa, já me relembrava dos momentos muito agradáveis que ali vivi em mais pequeno, quando eis que me falam do Carnaval de Verão...

Bem, ao menos faça-se alguma coisa para desenvolver a cidade...nem que seja meter roulotes de mines espalhadas pela Avenida, qual rali das tascas.

A pergunta que me assola é a seguinte: Não havendo problema em retirar o estacionamento para o Carnaval, não havendo problema em colocar barracas ao longo da Avenida, não havendo problemas em por carrosséis na SETFESTA, não havendo problema em ter as barraquinhas dos bonecos típicas da feira, a bolacha piedade (agora a um preço estrondoso de quase 15€ o quilo), as mines...porque não se acaba a mama ao Parque Santiago e se faz voltar a feira à baixa, ao lugar de onde nunca devia ter saído?

Entretanto, boas mines para todos e bom Carnaval, que é do samba que a malta gosta!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Aguentem os cavalos!

Isto era para ser um comentário ao post anterior, mas já ia muito grande e o tema é de tal forma actual que pensei que merecia um post por si só.

Não partilho inteiramente da opinião do mirones. Já discutimos temas de actualidade bem mais melindrosos do que este e, por isso, não temo que este pequeno diferendo de opinião ponha em causa a nossa amizade. Melhor, partilho da indignação com o assalto mas não concordo inteiramente com as origens da criminalidade setuvaleira. Mas, para que fico claro, a tentativa de racionalizar a coisa, que aqui vou fazer, não invalida o sentimento de indignação que todos sentimos, ou deveriamos sentir quandos lemos estas notícias.

O panorama geral é preocupante. O distrito de Setúbal, que inclui zonas muito problemáticas em Setúbal, Almada e Barreiro tem um rácio de 48 crimes por 1000 habitantes, tornando-o no segundo distrito do paíis com maior número de crimes por 1000 habitantes (o primeiro, já agora, é Faro, com 69 ocorrência por mil habitantes) . Com a agravante do carjacking ter aumentado a nível nacional em cerca de 33% de 2006 para 2007 e Setúbal (distrito) estar posicionado em 3º lugar a nível nacional neste tipo de crime.

Mas o crime não está a aumentar sem precedentes, ao contrário do que uma leitura regular das notícias possa dar a entender. Sim, está a aumentar, mas a um ritmo muito menos alucinante do que muitos pensam. Vejamos a evolução dos crimes reportados no distrito nos últimos anos (1998 a 2007):
  • 1998= 19273
  • 1999= 21280
  • 2000=21751
  • 2001= 21282
  • 2002= 23840

  • 2003=28025
  • 2004=29919
  • 2005=26219
  • 2006=26771
  • 2007=27336
Nota-se dois períodos distintos de "estabilidade", 1998 a 2002 e 2003 a 2007.
O que acontece é que o tempo presente subrepõe-se sempre ao aos tempos idos na parte do cérebro que processa o sentimento de insegurança. No meu bairro, por exemplo, há tantos tiroteios (muito poucos) como no tão falado bairro social de Loures. Mas alguém acreditará nisso hoje? Eu, se tal ajudar à prova, entro hoje no bairro da Quinta da Fonte com toda a tranquilidade e sem medo nenhum, porque aquilo não é uma favela do Rio de Janeiro, rodeada de gente com armas ao peito diariamente, mas a exposição mediática é tal que muitos não entrariam lá hoje nem que eu lhes pagasse.

A diferença é que no meu bairro, as imagens de tiroteios não vão parar à TV e não são Youtubadas, são estatística calminha. Reafirmo: o problema existe mas não na dimensão que se pensa.

Não creio que o problema da criminalidade se possa imputar apenas a esta ou aquela etnia. O problema é que retirar grandes fatias da população da probreza e dos rendimentos mínimos, quando a pressão é para ser um excêntrico do euromilhões pura e simplesmente não combina. As colónias não foram criadas pelos que vieram de fora do país. Foram criadas pelos que já cá estão e chamam-se caixotes, perdão, bairros sociais, que de vez e quando, explodem e depois toda a gente se lembra deles.

Reponsabilizar as colónias de imigrantes pelos crimes de Setúbal é algo que não colhe em mim. A estatística orienta-me em sentido contrário. A Súecia tem um rácio de 141,6 crimes por habitante, a Finlândia 104,1... Portugal, o melting pot Brasil, Ucrânia, Roménia, PALOPS para todos os gostos tem que ter um rácio maior, certo? Errado, 36,6 crimes por mil habitantes! Nós bem queremos ser mauzões, mas isso é só para os "civilizados" da Europa... Mais uma vez, crime sim, não o exagero que se pensa.

Bom, mas então e medidas? Sim, porque podemos e devemos querer alcanaçar um nível de crime em que possamos dizer "olha que giro, este senhor está a assaltar-me, isto já nem se usa!".
Imigração, colónias desta ou daquela etnia não parece que seja o problema. Sou inclusivo, pertenço a um povo de "brandos costumes".

Acredito em polícia mais motivada, mais equipada, mais preparada (é uma utopia a curto prazo, mas é uma luta que tem de ser travada). Quando aqui há tempos alguém pediu que os agentes da esquadra da Bela Vista tivessem shotguns, fiquei de pé atrás. Afinal de contas ainda não passou assim tanto tempo desde aquele episódio em que um agente da PSP mal formado, matou um jovem com uma shotgun, porque não sabia o básico: uma munição de borracha perfura o corpo se se enscostar a shotgun à barriga de alguém...
Portanto, armas sim, tasers, shotguns, seja o que for, mas para os agentes com a cabeça no sítio que as saibam usar e no momento certo. E mais defesa nos tribunais para quem dispara senão cumpre-se frase que ouvi aqui há dias de um delegado sindical da PSP: "Um polícia só pode disparar depois de morto..."A PJ precisa de mais efectivos, de mais cursos de formação, de mais motivação.

Só isto já seria uma achega suficiente para os larápios temessem mais antes de particar um crime. Às vezes dá vontade de ir viver para Timor, porque lá, ao menos, a GNR é respeitada.

Quanto aos bairros sociais, não adianta chorar. Sabemos que são erros dos anos 70 e 80, sabíamosmos que ia dar problemas,mas isso são lamurias passadas, agora há que revitalizar, reconstruir, insistir, trabalhar, espremer e melhora o "Escolhas" e outros que tais, não cair no "ai não construimos que eles vandalizam logo".

Quanto às leis, sistema prisional e prisão preventiva dava outro post... no geral,neste ponto concordo com o mirones. Posto de outra forma: um setuvaleiro que comete um crime não merece a mini que o alimenta!

Por isso, o assalto ao Lidl revolta-me, como todos os crimes me revoltam. Mas, para já, acho que não vale a pena ir a correr fechar fronteiras e chamar o exército.

Um exemplo positivo para reflexão com o lema de sempre: as crianças são o futuro!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Av. Luísa Todi Séc. XXI

Imagem de marca da nossa cidade, a Avenida Luísa Todi, de nome atribuído em homenagem à enorme cantora lírica sadina do mesmo nome, está cada vez mais bela e misteriosa. Desta feita parece saída de um filme Hollywoodesco para a beirinha do Rio Sado. Os actores principais são os peões e os carros, desafiados a encontrarem, respectivamente, os locais onde pretendem chegar e o lugar de estacionamento mais próximo.

Como figurantes, os proprietários das superfícies hoteleiras do final da Avenida surfam ao sabor da vontade da Setúbal Polis e da sempre muy nobre Câmara Municipal de Setúbal, com promessas da melhor solução para todos, subentendendo-se todos como os dois últimos.

A verdade é que se antigamente tinhamos uma fonte de mulheres nuas a banharem-se em pó e enxofre solto pelos carros e uns golfinhos porcos que teimam em não tocar na água, hoje temos um maravilhoso e único estacionamento ocupando toda a parte final da Avenida onde os nossos amigos arrumadores já são os grandes inclinos e, na verdade, os únicos que sabem porque caminho hão-de ir para sair ou entar em determinada zona. Por outro lado, temos ainda montes de areia, pedra, cimento, chão levantado impróprio para passeios pedonais (talvez daí a promessa de via para cicloturismo) e vedações por todo o lado como se de um processo de desminagem se tratasse. E para cereja no topo do bolo temos um agrafo gigante que serve para bailes brejeiros onde o típico setuvaleiro bebe bejecas de litro e dança até cair para o lado, mesmo tendo de ver o espectáculo com um ângulo de 90º em relação ao palco. Tapando o espectáculo umas barracas sempre elegantes para das mesmas não se ver aquela coisa que pagámos com o nosso dinheiro e conseguiu piorar ainda mais o Largo Zeca Afonso (quando pensava que era impossível, Setúbal consegue sempre convencer-me do contrário).

Se há assunto para o qual posso falar é certamente este, pela formação de base que tenho posso garantir-vos que teremos realmente uma Avenida Luísa Todi Séc. XXI com todas as condições para estacionar o veículo mas perdendo tudo o que a caracterizava desde há muito tempo como a principal artéria da cidade. Deixou de ser a Avenida, para passar a ser mais uma Avenida e isso deve entristecer os setubalenses como eu, que aprenderam a amar aquela que foi considerada como uma das mais funcionais e estéticas avenidas portuguesas. Certamente outras coisas haveria a requalificar (até tenho medo desta palavra pois se é para fazer o mesmo deixem cair as coisas primeiro), começando pela baixa, passando pelos edifícios mais antigos, pelos conventos e parte histórica da cidade.

E o setuvaleiro vai rindo, cantando e bebendo pois as mines ainda não sobem como o petróleo...nesse dia haverá revolta! Até lá, espera-se algo de novo, quem sabe mais cinco lugares de estacionamento amanhã...fazem toda a falta.

Até amanhã!

Arte setuvaleira

Chegou a altura de participar nesta grande aventura d'O Setuvaleiro. Respeitando a minha reputação de nefelibata, a minha participação nesta mui benita publicação terá como objectivo principal a divulgação do património mais escondido, quiçá esquecido, desta nossa ilustre cidade de Setúbal bem como dos setuvaleiros destes e de outros tempos que a honram com as suas obras-primas.

Comecemos, sem mais demoras.

Um dos patrimónios culturais mais benites da nossa região é o linguajar setuvaleiro. Um dos dialectos menos conhecidos, talvez pela sua relativa novidade, é o praticado pelo setuvaleiro paraticante de arte mural (em setuvalês, grafite ou tégue).

Fugindo ao típico padrão do setuvaleiro (homem de estatutura mediana, dolicocéfalo, fato de treino do "Conta-me como Foi", barriga com alongamento gasoso, mine na mão e tremoços na outra), o "setuvaleiro di ghetto", mais virado para o vaibe e para a rima, pratica a sua arte nas paredes de prédios abandonados.

Deixo-vos alguns exemplo comentados para reflexão:


Ora aqui tá! A tégue do "Mines" (ou não fosse a mine a bebida de elição do setuvaleiro) com um bróda ao lado a dizer em dialecto local: Yo Dreads! A obra está disponível para consulta noo armazém abandonado na Avenida Jaime Rebelo, em frente ao Club Naval Setubalense. Entrada gratuita.

Veja mais de perto:

Mas a face menos conhecidas destes senhores da arte mural é o inglês setuvaleiro ( ou será antes de setuvaleiro inglês?) essa variante linguística em risco de expansão. Observem com atenção:


Na inscrição pode-se ler: "L.HOVE IÓR LAIFE! BICÓSE ÁI GÁT MAI UÁIFE!!". Tradução: Ama a tua vida, porque eu tenhe a minha dama". Uma profundidade que espantará certamente os arqueólogos que daqui a 2 mil anos desenterrarão este achado. A obra está disponível na antiga Fábrica de Peixe do Zé dos Calos.

As fotos foram saqueadas do blogue Graffiti Setúbal.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Noite de cinema n'O Setuvaleiro

Clica no link abaixo para ver o nosso primeiro filme, que como não podia deixar de ser foi rodado no local de encontro da mais fina flor da sociedade Setuvaleira!
Digno de participar no grande Festroia, digo eu!
Mas também, diga-se, sou suspeito...