sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Liga Sagres
Até amanhã!
sábado, 19 de julho de 2008
Manhã de cinema setuvaleiro
http://www.youtube.com/watch?v=QssIcpkqC0Q
O patrocínio é da Sagres, como não poderia deixar de ser e o pai está orgulhoso, afinal não é todos os dias que o filho faz algo tão bonito!
Até amanhã!
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Aguentem os cavalos!
Não partilho inteiramente da opinião do mirones. Já discutimos temas de actualidade bem mais melindrosos do que este e, por isso, não temo que este pequeno diferendo de opinião ponha em causa a nossa amizade. Melhor, partilho da indignação com o assalto mas não concordo inteiramente com as origens da criminalidade setuvaleira. Mas, para que fico claro, a tentativa de racionalizar a coisa, que aqui vou fazer, não invalida o sentimento de indignação que todos sentimos, ou deveriamos sentir quandos lemos estas notícias.
O panorama geral é preocupante. O distrito de Setúbal, que inclui zonas muito problemáticas em Setúbal, Almada e Barreiro tem um rácio de 48 crimes por 1000 habitantes, tornando-o no segundo distrito do paíis com maior número de crimes por 1000 habitantes (o primeiro, já agora, é Faro, com 69 ocorrência por mil habitantes) . Com a agravante do carjacking ter aumentado a nível nacional em cerca de 33% de 2006 para 2007 e Setúbal (distrito) estar posicionado em 3º lugar a nível nacional neste tipo de crime.
Mas o crime não está a aumentar sem precedentes, ao contrário do que uma leitura regular das notícias possa dar a entender. Sim, está a aumentar, mas a um ritmo muito menos alucinante do que muitos pensam. Vejamos a evolução dos crimes reportados no distrito nos últimos anos (1998 a 2007):
- 1998= 19273
- 1999= 21280
- 2000=21751
- 2001= 21282
- 2002= 23840
- 2003=28025
- 2004=29919
- 2005=26219
- 2006=26771
- 2007=27336
O que acontece é que o tempo presente subrepõe-se sempre ao aos tempos idos na parte do cérebro que processa o sentimento de insegurança. No meu bairro, por exemplo, há tantos tiroteios (muito poucos) como no tão falado bairro social de Loures. Mas alguém acreditará nisso hoje? Eu, se tal ajudar à prova, entro hoje no bairro da Quinta da Fonte com toda a tranquilidade e sem medo nenhum, porque aquilo não é uma favela do Rio de Janeiro, rodeada de gente com armas ao peito diariamente, mas a exposição mediática é tal que muitos não entrariam lá hoje nem que eu lhes pagasse.
A diferença é que no meu bairro, as imagens de tiroteios não vão parar à TV e não são Youtubadas, são estatística calminha. Reafirmo: o problema existe mas não na dimensão que se pensa.
Não creio que o problema da criminalidade se possa imputar apenas a esta ou aquela etnia. O problema é que retirar grandes fatias da população da probreza e dos rendimentos mínimos, quando a pressão é para ser um excêntrico do euromilhões pura e simplesmente não combina. As colónias não foram criadas pelos que vieram de fora do país. Foram criadas pelos que já cá estão e chamam-se caixotes, perdão, bairros sociais, que de vez e quando, explodem e depois toda a gente se lembra deles.
Reponsabilizar as colónias de imigrantes pelos crimes de Setúbal é algo que não colhe em mim. A estatística orienta-me em sentido contrário. A Súecia tem um rácio de 141,6 crimes por habitante, a Finlândia 104,1... Portugal, o melting pot Brasil, Ucrânia, Roménia, PALOPS para todos os gostos tem que ter um rácio maior, certo? Errado, 36,6 crimes por mil habitantes! Nós bem queremos ser mauzões, mas isso é só para os "civilizados" da Europa... Mais uma vez, crime sim, não o exagero que se pensa.
Bom, mas então e medidas? Sim, porque podemos e devemos querer alcanaçar um nível de crime em que possamos dizer "olha que giro, este senhor está a assaltar-me, isto já nem se usa!".
Imigração, colónias desta ou daquela etnia não parece que seja o problema. Sou inclusivo, pertenço a um povo de "brandos costumes".
Acredito em polícia mais motivada, mais equipada, mais preparada (é uma utopia a curto prazo, mas é uma luta que tem de ser travada). Quando aqui há tempos alguém pediu que os agentes da esquadra da Bela Vista tivessem shotguns, fiquei de pé atrás. Afinal de contas ainda não passou assim tanto tempo desde aquele episódio em que um agente da PSP mal formado, matou um jovem com uma shotgun, porque não sabia o básico: uma munição de borracha perfura o corpo se se enscostar a shotgun à barriga de alguém...
Portanto, armas sim, tasers, shotguns, seja o que for, mas para os agentes com a cabeça no sítio que as saibam usar e no momento certo. E mais defesa nos tribunais para quem dispara senão cumpre-se frase que ouvi aqui há dias de um delegado sindical da PSP: "Um polícia só pode disparar depois de morto..."A PJ precisa de mais efectivos, de mais cursos de formação, de mais motivação.
Só isto já seria uma achega suficiente para os larápios temessem mais antes de particar um crime. Às vezes dá vontade de ir viver para Timor, porque lá, ao menos, a GNR é respeitada.
Quanto aos bairros sociais, não adianta chorar. Sabemos que são erros dos anos 70 e 80, sabíamosmos que ia dar problemas,mas isso são lamurias passadas, agora há que revitalizar, reconstruir, insistir, trabalhar, espremer e melhora o "Escolhas" e outros que tais, não cair no "ai não construimos que eles vandalizam logo".
Quanto às leis, sistema prisional e prisão preventiva dava outro post... no geral,neste ponto concordo com o mirones. Posto de outra forma: um setuvaleiro que comete um crime não merece a mini que o alimenta!
Por isso, o assalto ao Lidl revolta-me, como todos os crimes me revoltam. Mas, para já, acho que não vale a pena ir a correr fechar fronteiras e chamar o exército.
Um exemplo positivo para reflexão com o lema de sempre: as crianças são o futuro!
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Ronaldo e Nereida
terça-feira, 24 de junho de 2008
Manhã de cinema setuvaleiro
Aqui fica o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=DoknQAtwk6k&feature=related
Até amanhã!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Marcha oficial do Setuvaleiro 2008
Portugal no coração sempre com mine na mão
Portugal saiu à rua
Para o calor abençoar
Para a esplanada ou no meio da rua
Com uma mine se foi refrescar.
A barriga já cresceu
Tem 8 meses, estou a ver,
Com mais uma mine que bebeu
O bebé está a nascer.
Refrão
Com um arco e um garrafão
Sempre com a mine na mão
Lá vai o setuvaleiro a marchar
Segue muito barrigudo
E pouco cabeludo
Pelo caminho a zigzaguiar
Traz Portugal no coração
Sempre com a mine na mão
E a jarda a fumegar
De camisola pelo peito
E calção a preceito
A grade está a acabar.
Quando a noite chegar
E o animolargo abrir
Já com uma bezana no ar
Ele está a sorrir
Sabe que os filhos estão em casa
E a mulher a chorar
Mas de bebedo já não passa
E mais uma mine vai mamar. Até amanhã!
sábado, 14 de junho de 2008
Ferries ultrasónicos!
Entretanto, está prevista para o próximo domingo, dia 15 de Junho, a primeira viagem dos novos ferries - Pato Real e Rola do Mar - que vão assegurar as ligações fluviais entre as duas margens do Sado.
Mas depois, (Oh!desespero!):
As duas embarcações adquiridas na Noruega pela nova concessionária da travessia do Sado - Atlantic Ferries - vão começar a utilizar o novo cais de Tróia, junto às instalações militares dos fuzileiros navais, num percurso mais longo e que deverá demorar cerca de 40 minutos, o dobro dos 20 minutos que agora são necessários para atravessar o rio.
O dobro do tempo, leram bem!
Mas, como de um antítodo se tratasse, acrescenta a notícia:
A alternativa para uma viagem mais rápida (mas que também deverá ser muito mais cara) será assegurada por dois catamarãs encomendados pela Atlantic Ferries, para substituir os antigos barcos convencionais que faziam o transporte de passageiros no rio Sado.
Pronto, assim estamos mais descansados, a viagem mais rápida não vai ser apenas mais cara, mas antes MUITO mais cara.
E já agora porque não candidatar os antigos barcos convencionais ao programa do Socras-te, Novas Oportunidades. Com sorte, num qualquer centro de validação de competências, ainda lhes podem ser reconhecidas as experiências adquiridas ao longo de muitos anos no exigente trasnporte do setuvaleiro o que dará um diploma de equivalência a submarino nuclear russo da Guerra Fria ou catamarã Barreiro-Lisboa.
Contemplem o novo "ferry-boat" Mira KGB Praia:

Como alternativa proponho este projecto dos Trasnportes Norte do Sado (TNS):

Um verdadeiro "tócarre" aquático!
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Arte setuvaleira
Comecemos, sem mais demoras.
Um dos patrimónios culturais mais benites da nossa região é o linguajar setuvaleiro. Um dos dialectos menos conhecidos, talvez pela sua relativa novidade, é o praticado pelo setuvaleiro paraticante de arte mural (em setuvalês, grafite ou tégue).
Fugindo ao típico padrão do setuvaleiro (homem de estatutura mediana, dolicocéfalo, fato de treino do "Conta-me como Foi", barriga com alongamento gasoso, mine na mão e tremoços na outra), o "setuvaleiro di ghetto", mais virado para o vaibe e para a rima, pratica a sua arte nas paredes de prédios abandonados.
Deixo-vos alguns exemplo comentados para reflexão:

Ora aqui tá! A tégue do "Mines" (ou não fosse a mine a bebida de elição do setuvaleiro) com um bróda ao lado a dizer em dialecto local: Yo Dreads! A obra está disponível para consulta noo armazém abandonado na Avenida Jaime Rebelo, em frente ao Club Naval Setubalense. Entrada gratuita.
Veja mais de perto:
Mas a face menos conhecidas destes senhores da arte mural é o inglês setuvaleiro ( ou será antes de setuvaleiro inglês?) essa variante linguística em risco de expansão. Observem com atenção:

Na inscrição pode-se ler: "L.HOVE IÓR LAIFE! BICÓSE ÁI GÁT MAI UÁIFE!!". Tradução: Ama a tua vida, porque eu tenhe a minha dama". Uma profundidade que espantará certamente os arqueólogos que daqui a 2 mil anos desenterrarão este achado. A obra está disponível na antiga Fábrica de Peixe do Zé dos Calos.
As fotos foram saqueadas do blogue Graffiti Setúbal.
terça-feira, 3 de junho de 2008
"Ora aí tá!"
Foi assim que o colega Mirones deu inicio à sua participação neste fórum.
Digo eu que dificilmente poderia ter sido escolhida melhor forma de o fazer, uma vez que uma das facetas mais famosas do "setuvaleiro" é o facto de abreviar palavras, comendo uma ou outra letra que para ele é desnecessária.
Assim sendo, em vez de dizer "ora aí está!" o setuvaleiro abrevia para "ora aí tá!". Se toda a gente compreende, para quê utilizar duas letras totalmente desnecessárias? A vida está cara e há que poupar!
Ora é sobre estas e outras coisas de importância irrelevante que nos vamos debruçar nos próximos tempos neste blog que, espero eu, durará mais do que uma semana e terá mais do que 20 visitas!
Pessoalmente irei pontualmente falar (escrever) sobre diversas coisas que habitam no meu Mundo, o que vejo, o que sinto e o que é importante, ou não, para mim.
Vamos lá ver no que vai dar esta autêntica "Caldeirada à setubalense"!